CONSIDERAÇÕES SOBRE O ACONSELHAMENTO PASTORAL
Rev. João Ricardo
Ferreira de França.*
INTRODUÇÃO:
O
ministério pastoral tem sido visto como alvo de muito proveito, ou melhor,
lugar dos aproveitadores. Pessoas há que dizem que os pastores estão sempre
interessados no dizímo de suas ovelhas, e que não estão interessados em
socorrer as ovelhas naquilo que precisam e carecem como membros do corpo de
Cristo.
Muito
dessa acusação é verdadeira. Não podemos negar que isso tem ocorrido em muitas
igrejas, por outro lado, isto se deve em grande parte pela ausência de um autêntico
aconselhamento e pastoreamento por parte dos pastores em suas igrejas.
Temos
presenciado uma entulhada de psicologia nos nossos púlpitos. O povo pactual não
quer psicologização, o povo de Deus quer ser pastorado! O pastoreio do povo
inclui o discipulado, a oração, a pregação expositiva e uma aproximação vívida
com os membros da igreja, sem isso, o nosso ministério pastoral estará fadado
ao fracasso.
O
verdadeiro aconselhamento não começa nos manuais de Freud, mas na nossa única
regra de fé e prática - As Sagradas Escrituras! É nossa fonte de vida, é nosso
meditar de dia e de noite (Sl.1-3). A Bíblia e somente ela pode de fato nos
conduzir a uma vida piedosa e sem reservas é o alimento para nossa alma, pois,
somos vivificados única e exclusivamente por ela (Sl.119.25).
Há uma
necessidade de se resgatar este alto conceito sobre a Sagrada Escritura, a
Palavra de Deus não é somente suficiente em questões de doutrina, mas é também
plenamente suficiente nas abordagens práticas que são refletidas na prática do
aconselhamento pastoral.
I – A PALAVRA DE DEUS E O
ACONSELHAMENTO CRISTÃO.
Vivemos em uma época de psicologização
do evangelho e da pregação da Palavra de Deus. Ao que nos parece, a nossa época
tem sido marcada pelo forte desinteresse na utilização das Escrituras no
aconselhamento cristão.
Pastores e mais pastores estão se
refugiando em demasia na psicologia e ciências afins. Precisamos estar cônscios
de nosso papel como ministros de Deus no aconselhamento do povo da aliança. O
dr. John R.W.Stott disse certa vez: “Um ministério pastoral que se modele na vontade de Cristo incluirá,
de modo semelhante, a pregação diante da congregação, aconselhamento aos indivíduos e
o treinamento de grupos”.[1]
Esta perspectiva de Stott tem sido esquecida pela igreja de Cristo ao longo dos
tempos. O púlpito deveria lidar com questões de aconselhamento.
Alguns poderiam aventurar-se em negar
tal perspectiva, mas é inevitavelmente necessário declarar que “a própria
pregação é aconselhamento”.[2]A
exortação ao bem viver cristão consiste em aconselhamento.
Utilizar-se das Escrituras para
exercer o aconselhamento é uma tarefa sábia para os pastores que estão
comprometidos com o crescimento espiritual de seus paroquianos. Os homens não
precisam de uma mensagem psicologizante, mas de uma mensagem derivada das
Escrituras que são suficientes para “restaurar a alma” isto porque a Lei de
Deus é “perfeita” para exercer tamanha restauração (Salmos 19.7-11).
As teorias de psicologia são
diversamente conflitantes umas com as outras, a ponto de um respeitado
professor na área dizer:
“Não podemos ter certeza se
qualquer dessas teorias é completamente verdadeira. Mas, se vocês têm de
aconselhar outras pessoas, estudem estas teorias e decidam qual delas lhes
parecem ser mais sensata. Vocês têm de
fazer isso porque, quando as pessoas vierem para o aconselhamento elas
desejarão ouvir algo que lhes esclareça
o porquê dos problemas pelos quais elas estão passando”[3].
O reflexo dessa declaração é
visto dentro de nossas igrejas e ministérios quando substituímos a Palavra de
Deus pelas opiniões autorizadas por Freud e seus discípulos e tais palavras
chegam a encabeçar os títulos de nossos sermões.
Alguém disse que “os crentes
que abandonam a Deus e Sua Palavra em favor da psicoterapia, para conseguir
ajuda contra a depressão, abandonam “o
manancial de águas vivas” para beber das águas poluídas e insuficientes,
até mesmos prejudiciais de “cisternas
rotas, que não retêm as águas”(Jeremias 2.13)[4]
O papel do ministro é utilizar
as Escrituras para aconselhar o seu povo. Mas qual é a relação entre a pregação
e o aconselhamento pastoral? O grande escritor Jay E. Adams nos diz que tais
perspectivas poderão ser incluídas no sermão sem desvalorizá-lo, e colocar para
os ouvintes a Palavra de Deus nos três modos de pregações conhecidas e, assim,
responder satisfatoriamente as necessidades do povo. [5] Em outra obra Waldislau diz algo muito pertinente sobre essa questão
ele diz:
O
aconselhamento cristão não deveria ser considerado como uma especialidade separada do aspecto pastoral e da
comunhão cristã na igreja. Para o pastor, as habilidades para o aconselhamento
são partes tanto do preparo como da entregada de sermões quanto da prontidão
para responder aos ouvintes após a mensagem. É preciso que o pastor seja hábil
intérprete da Palavra e hábil intérprete de pessoas, se ele quiser ser efetivo
no ministério. [6]
Então, é tarefa do presbítero
(docente e regente) aconselhar a igreja de Cristo que lhe foi convida para
governar. O pastor ou presbítero foi chamado para aconselhar o rebanho de
Cristo. Isso é demonstrado e ensinado por Paulo em I Timóteo 5.1; II Timóteo
4.2 e em Tito 1.9, nos fala de exortar, o verbo grego usado é parakaleô
que pode ser traduzido por encorajar, mas o sentido pode ser tomado no
que se refere a palavra de encorajamento cristão.
Calvino “entendia que o aconselhamento
era indispensável no trabalho do presbítero”. [7]O teólogo de Genebra acreditava
que “o ensino, além de ser público nos cultos, deveria ser acompanhado por
orientação pessoal e aplicado às circunstâncias especificas da vida das
ovelhas”. [8]
II – PASTOREANDO
O CORAÇÃO DOS PASTORES
Tenho percebido que é cobrada dos pastores a
prática do aconselhamento com base nas Escrituras. Um autêntico aconselhamento
é necessário se ter às Escrituras como única regra de fé e prática.
Mas incomoda o meu coração em ver que
os pastores não são pastoreados, pelos seus conselhos locais, pelos seus
presbitérios; antes de tudo eles são abandonados e negligenciados. O que há de
errado? É o fato de que muitos julgarem que o pastor é alguém para aconselhar e
não precisa de aconselhamento, pois, Deus irá suprir suas necessidades de modo
providencial. Creio nisso piamente, mas penso que não é por ai que se processa
o aconselhamento para os pastores. Eles precisam ser pastoreados, confortados
animados e estimulados pelos seus líderes.
O desencorajamento pastoral é
vivenciado dentro do seminário e depois no ministério. Alguém disse
acertadamente que “o desencorajamento é um dos grandes obstáculos no
ministério, especialmente nesses dias de coisas insignificantes”.[9]
O que fazer quando a depressão chega ao
nosso coração? O que fazer quando o desânimo chega ao coração do ministro? O
príncipe dos pregadores tem algo a nos dizer sobre isso em termos pertinentes:
“Crises de depressão acometem a maioria de nós. Animados como possamos ser
normalmente, a intervalos temos que ser derrubados. O forte nem sempre está
vigoroso, o sábio nem sempre é expedito, o bravo nem sempre é corajoso, e o
alegre nem sempre está feliz”.[10]
Spurgeon trata destas
questões para puder animar os pastores mais jovens na caminhada cristã. Penso
que é isso que falta em muitos dos nossos presbitérios atuais, o pastorear e
consolar os seus pastores. O desânimo e desilusão de muitos novos ministros estão
vinculados à ausência de um aconselhamento.
Spurgeon, sendo eminentemente pastoral,
nos diz o motivo de escrever tais palavras em suas lições pastorais:
Sabendo pela
mais penosa experiência o que significa uma profunda depressão de espírito,
sendo visitado por ela freqüentemente e a intervalos não demorados, achei que
poderia ser consolador para alguns dos meus irmãos se partilhasse meus
pensamentos sobre isso para que os jovens não imaginem que algo estranho lhes
acontece quando tomados em alguma ocasião pela melancolia; e para os mais
deprimidos saibam que a pessoa sobre quem o sol está brilhando jubilosamente
nem sempre andou a na luz.[11]
O ponto desta declaração de
Spurgeon é que a sua preocupação era muito clara no que concerne ao
desencorajamento pastoral; julgava necessário tratar deste assunto com muita
clareza. Às vezes somos negligenciados pelos escritores de aconselhamento
porque se limitam a nos ensinarem como devemos aconselhar o nosso povo. Mas o
nosso coração por vezes, e quase sempre, sente sede, em meio ao deserto da
atividade pastoral; e não há nenhum com um cântaro de água viva para trazer ao
nosso deserto uma esperança de vida.
Muitos dos nossos paroquianos virão ao nosso gabinete
pastoral tratar de sua depressão e por mais irônico que isso possa parecer
estaremos ali diante deles com o mesmo mal; e o mais ironicamente disso tudo é
que podemos lidar com a depressão do nosso povo, mas não com a nossa; isto
porque ninguém nos socorre nas madrugadas quando as lágrimas chegam aos olhos.
Poderemos sugerir alguns caminhos pelos quais podemos
trilhar a nossa vida cristã e enfrentar o desencorajamento,
estes caminhos podem servir tanto para os ministros como para os membros de
suas igrejas.
Sugiro que olhemos para a vida de Davi. Davi era um fugitivo
de Saul e perseguido pelo mesmo; Davi havia procurado refugio com um rei
filisteu chamado Aquis. Todos nós conhecemos esta história. Há um momento da
narrativa em que Aquis deseja lutar contra Israel; e, esse rei desejava que
Davi o acompanhasse (1 Samuel 28.1-2); mas tal proposta foi rejeitada pelos
soldados filisteus (1 Samuel 29). Davi ao retornar à cidade de Ziclague (1
Samuel 30.1-6) encontra a cidade em ruínas; porque os amalequitas haviam
invadido e levado povo cativo. Ele estava ali encarando uma das cenas mais
difíceis da vida. Os homens de Davi ficaram tão aflitos, que realmente falaram
em apedrejá-lo. Tudo estava arruinado literalmente! Às vezes a “vida Cristã
assemelha-se a esta situação e, isto não é menos verdadeiro no que se refere ao
ministério pastoral: todas as coisas pelas quais nos esforçamos parecem
desintegrar-se diante dos nossos olhos, e os companheiros do nosso “arraial” se
tornam desafeiçoados”.[12]
Como agiu Davi diante de tamanha depressão? Ele não
desistiu; não se sentiu ofendido por Deus, nem culpou seus homens. Cook nos diz
que devemos observar isso: “nunca culpar o povo é uma regra áurea no ministério
cristão”.[13]Nos
chama a atenção o que diz a última parte do versículo 6 no capítulo 30 de 1
Samuel: “Davi se reanimou no SENHOR, seu Deus”. Como Davi fez isso? Esta é uma
boa pergunta que pode ser considerada por cada um de nós. Vejamos algumas
respostas para tal questionamento[14]:
1 – Primeiro,
considere que Davi recusou entrar em desespero.
Davi tinha tudo para se entregar ao desespero, pois, estava
sendo perseguido por Saul, estava desacreditado pelos filisteus e magoado nesta
ocasião por seus próprios homens.
Podemos fazer uma ponte com a nossa realidade atual, quase
sempre nos entregamos ao desespero quando tudo na vida parece não ter mais
jeito e solução. Cristo não nos prometeu um ministério sem problemas. O pastor
que se imagina pastoreando uma igreja sem problemas, deveria deixar o
ministério e fazer outra coisa. Davi sabia que grande parte de sua vocação era
resolver problemas, está disposto a aconselhar o povo, dirigir o povo no
sentido mais pleno pastorear o povo, mas para isso ele precisava não entrar em
desespero. O meu conselho para cada um de nós futuros pastores é diga não ao
desespero.
2 – A Segunda
consideração para o coração dos pastores é que Davi não permitiu que o presente
determinasse seu ponto de vista a respeito do futuro.
Devemos aprender com Davi a importância de trazermos Deus
imediatamente à avaliação das circunstâncias. O futuro estava nas mãos de Deus
como também Davi. Essa é a perspectiva correta que deve ser adotada para o
nosso ministério pastoral. Um autêntico aconselhamento para o coração dos
pastores deve vislumbrar o conceito da soberania de Deus. Podemos diante da
mais profunda angústia de alma clamar a Deus (Salmos 43.5).
3 – A Terceira
consideração para os nossos corações é que Davi exercitou a sua fé em Deus.
Esta pode ser a significação ao tema de
que “Davi se reanimou no SENHOR, seu Deus”. A grande questão é como Davi fez
isso? Ele simplesmente encorajou-se em Deus. É assim que devemos agir diante de
nossos ministérios.
III – O ACONSELHAMENTO PASTORAL
E A NEGLIGÊNCIA PARA COM AS ALMAS.
O aconselhamento pastoral visa edificar as almas,
consolando, exortando e animando-as. E quase sempre negligenciamos o nosso
oficio e por vezes negligenciamos as nossas próprias almas.
Alguém disse acertadamente que
Somos bastante
imaturos no que diz respeito a avaliarmos nossas prioridades espirituais.
Podemos nos preparar com diligência para Realizar deveres exteriores e nos
apressar nas preparações secretas. Nossos sermões estão prontos, mas nosso
coração está despreparado.[15]
O
pastor Richard Baxter nos diz que
somos
exortados a olhar por nós mesmos, para não suceder estarmos vazios da divina
graça salvadora que estamos oferecendo a outros, porquanto, é possível
oferecermos esta graça a outros e, todavia, estarmos alheios às operações
eficazes do evangelho que pregamos...Podemos morrer de fome enquanto preparamos
comida para outros.[16]
Diante
disso podemos dizer que o ministério pastoral deve primeiramente valorizar a
alma dos próprios ministros, e assim, eles estarão aptos para ministrar um
aconselhamento eficaz para os seus paroquianos. Deve-se levar em consideração a
recomendação paulina em Atos 20.28: “Atendei por vós e
por
todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos,
para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio
sangue.” Os pastores precisam primeiramente olhar para
as suas almas e depois todo o rebanho de Deus.
No grego nós
temos o verbo “prose,cete”-
proséchete - é um imperativo no tempo
presente é uma ordem, mas esta ordem que carrega um peso de algo habitual,
estar sempre fazendo isso “dando sempre atenção”, aqui temos um presente no modo
imperativo, sendo uma ordem de Paulo aos
presbíteros da Igreja de Éfeso a estarem sempre atentos; cuidar de suas almas é
o primeiro requisito do ensino paulino.
O atalaia deve
primeiro se preocupar em sua real posição, pois, sendo um vigia é o principal
alvo dos inimigos, por isso, deve sempre fazer de tudo para que possa manter-se
de pé para o bem do Forte que protege.
Essa figura é bem
ilustrativa ao que Paulo diz aqui neste texto. Isso porque o pastor deve cuidar
de sua alma “olhar por si mesmo”, mas também deve olhar e cuidar do “rebanho de
Deus”. Precisamos aditar que os pastores cuidam da igreja, eles são mordomos,
eles não são donos da Igreja. Antes a Igreja tem um dono que é o próprio Deus.
Todavia, Deus confiou a tarefa de proteger a Igreja aos seus comissionados, por
isso, é necessário aos pastores zelarem por suas almas.
Aqui se deduz do
ensino bíblico, que conforme compete aos pastores, a verdade que devemos “amar
o rebanho de Deus”, o Baxter nos lembra sabiamente o seguinte:
Toda a causa
de nosso ministério deve ser conduzida com terno amor pelas pessoas de nosso
rebanho. Precisamos fazer que vejam que nada nos agrada mais do aquilo que lhes
é proveitoso. Devemos mostrar-lhes que aquilo que lhes fazem bem, igualmente
nos faz bem. Devemos sentir que nada nos preocupa mais do que aquilo que nos
fere. Retornando a Jerônimo, diz ele, escrevendo a Nepociano: ‘como bispos não
são senhores, mas pais, assim devem incumbir-se do seu povo como de seus
filhos. Sim, nem mesmo o mais terno amor da mãe por seu filho deve sobrepujar o
deles.[17]
Conclusão: Cuidar de nossas ovelhas é o que de bom devemos ter em
nossa existência, é o nosso chamado, é a nossa vocação. Que nós possamos fazer
isso para a glória de Deus Pai, amém!.
* O autor é formado em
Teologia Pelo Seminário Presbiteriano do Norte em Recife – PE. Foi Professor de
Grego e Hebraico no Seminário Presbiteriano Fundamentalista do Brasil – Recife
–PE. Atualmente pastoreia a Igreja Presbiteriana de Todos os Santos em Teresina - PI.
[1] John
R.W.Stott, Eu Creio na Pregação, p.129
[2]
Waldislau Martins Gomes, Pregação e Aconselhamento: Uma Aproximação
Multiperspectiva. In: Fides Reformata , Volume XII, Número 1, ano 2007, p.74.
[3] Apud,
Wayne Mack, A Utilidade das Escrituras no Aconselhamento In: Fé Para Hoje,
Número 24, Ano:2004, p.17.
[4] David
Hunt, Escapando da Sedução – Retorno ao Cristianismo Bíblico, p.124.
[5]
Waldislau Martins Gomes, Op.Cit, p.74.
[6]
Waldislau Martins Gomes, Aconselhamento Redentivo, p.8.
[7] Ronald
Wallace, Calvino, Genebra e Reforma p.148.
[8] Gildásio
Jesus B. dos Reis, Apostila sobre Poimênica I, p.18.
[9] Paul
Cook, Encorajando-nos em Deus, In: Fé Para Hoje, Número 9, Ano 2001, p.7.
[10] Spurgeon, C.H. Lições aos Meus alunos, São
Paulo: Publicações Evangélicas selecionadas,2002 volume 2, p.202.
[11] Ibid, p.203
[12] COOK, Paul Op.Cit, p.8
[13] Idem
[14] Devo todas estas considerações ao valioso
artigo do Pastor Paul Cook.
[15]ROBERTS, Maurice J. Negligenciando a Alma,
In: Fé para Hoje, Número 24, Ano: 2004, p.2.
[16] BAXTER,
Richard, O Pastor Aprovado,São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas,
2006, p.58.
[17] BAXTER, Richard. Op.Cit, p.51